Blueway Consultoria

    Row of business people making notes at seminar with focus on smiling young man

     

    “Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida”.

    Confúcio

    Já parou para refletir que a profissão pode ser a melhor forma de expressar quem você é?

    Desde crianças ouvimos: “O que você vai ser quando crescer?!” Só que, quando a gente cresce, fica tudo mais complicado…

    De acordo com matéria do Estadão, metade dos alunos do 3º ano do Ensino Médio ainda não escolheu a carreira que irá seguir. Muitos já sabem o que não querem ser e, longe de isso resolver o problema, é uma grande armadilha no caminho do processo decisório.

    Dominado por uma espécie de automatismo, o estudante “segue o fluxo”, tornando a Universidade uma continuidade da vida escolar e logo se vê evolvido com algo “pelo resto da vida” e que pode ser distante do que ele goste ou tenha talento. Aí vem a troca de curso, uma, duas, três e tantas vezes, que a desmotivação com a graduação se torna natural. Na indecisão, é comum que a escolha seja motivada pela remuneração, ou pelo poder, e também pela estabilidade, ou ainda, pelo “glamour” que a atividade representa. Mas, com o tempo, estas coisas serão insuficientes para satisfazer a necessidade de expressar a si mesmo e o desejo de dar um significado à vida, servindo apenas como pontes para o desencanto logo nos primeiros anos de formação.

    Houve um tempo que trabalho era “caçar” para sobreviver ou cuidar das terras e proteger o território. Trabalho já foi sinônimo de castigo, e não é à toa que a palavra vem de “tripalium”, instrumento de tortura que os romanos usavam para castigar escravos.

    No mundo ideal, o bacana é pertencer ou construir um contexto de trabalho saudável e feliz. A palavra da moda é propósito, fazer algo que tenha significado, que deixe uma marca, um legado (outra expressão bem usada) para as gerações futuras. Deve realizar uma atividade na certeza de que está em sintonia com a própria “essência”, ofertando ao mundo o melhor, o seu máximo potencial.

    Além destas “exigências”, é essencial que as interações com nossos colaboradores, pares, líderes e clientes, sejam satisfatórias também.

    No mundo real, ficamos entre o possível e o idealizado. Algumas vezes é preciso fazer algo que não se gosta tanto por algum tempo, flexibilizando e negociando com alguns desejos para alcançar algo maior em um futuro mais planejado.

    No processo de Coaching, os clientes questionam aspectos de suas vidas e a maior parte tem a ver com suas profissões ou atividades: a falta de sentido do seu trabalho, de perspectivas, de uma visão de futuro. Mesmo aqueles que alcançam profissões estáveis e bem remuneradas, ou que desenvolvem com bastante competência as carreiras que abraçaram, não conseguem mais enxergar uma relação de suas tarefas rotineiras com aquilo que imaginaram para suas vidas, pois se frustraram pela falta de um propósito maior e acabaram “comprando” os objetivos das pessoas ao seu redor ou da Organização, deixando de lado seus próprios sonhos.

    O coaching é fundamental, pois auxilia a ampliação do autoconhecimento, a descoberta e e avaliação de valores, promove maior segurança nos processos decisórios e na definição de novos caminhos traçando metas, planos de ação e estratégias para alcançar os objetivos visualizados.

    Agora pare, pense e se questione: Qual o sentido de utilidade deste trabalho que você realiza, ou que pretende realizar?

    Utilidade, sim!!! No sentido mais amplo, útil a mim e útil ao mundo também, pois quando realizamos tarefas desconectadas de um propósito, que se resumem ao nosso Ego e não transcendem, restará sempre uma sensação de algo incompleto.

    Pense mais um pouco: Quais são os meios para que você possa expressar sua mensagem ao mundo, para que possa fazer diferença na vida de outras pessoas?

    De quantas formas isso pode ser feito?

    De várias maneiras!!!

    Um médico, que tem como finalidade curar e salvar vidas… Pode realizar por outros caminhos esse mesmo objetivo!?!

    Claro que sim!!

    Logo, não faz diferença a carreira que você escolher, ou ainda, que seja apenas uma função que não exija qualquer formação acadêmica, o que importa é que esta atividade permita que você desenvolva o seu potencial, suas virtudes, talentos, suas forças pessoais, da melhor maneira que corresponda aos seus valores e que atenda à melhor expressão da pessoa que você quer ser!

    Então, para que você possa saber se fez a melhor escolha, pode perguntar a si mesmo todos os dias: “O que realizei hoje, contribuiu de alguma forma para o meu desenvolvimento e para aqueles que estão ao meu redor?” Se a resposta for sim, tenha a certeza, você está no caminho certo!

    Autora: Luciana Jackson

    Luciana Jackson é sócia e diretora da Blueway Consultoria. Possui mais de 23 anos de experiência em treinamentos corporativos e no desenvolvimento de pessoas em organizações do terceiro setor. Mestranda em Ciências Jurídicas e Econômicas pela Universidade do Porto, em Portugal. É pós-graduada em Gestão de RH pela Universidade Veiga de Almeida, advogada, assistente social, gerontóloga e coach. É palestrante, professora de cursos de pós-graduação e instrutora de cursos de formação em Coaching.

     

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